sexta-feira, 5 de outubro de 2012

NÃO OUTRO QUE NÃO A GUINÉ-BISSAU

Publico tal como recebi de um amigo que segue de perto os acontecimentos da Guiné-Bissau:

O ex-embaixador português na Guiné-Bissau à data do conflito militar, lançou hoje uma obra, "Crónicas dos (des)Feitos da Guiné", afirmando, em entrevista que, desde 1998, os militares controlam o nosso país. Ele contabilizou 12 golpes de Estado e também fez questão de dizer que deixava de fora os assassinatos políticos.
Hoje também, em catadupla, traduziram-nos a entrevista dada ao Times, por quem sabemos e para que nos pudéssemos render a mais outras evidências.
1. As minhas certezas:
Quem manda efetivamente no país desde 1 de Abril de 2010 (Invasão e violação das instalações da Representação das Nações Unidas, privação da liberdade e ameaça de morte de autoridade estatal, libertação de narcotraficante indiciado, violação das leis superiores de Justiça Militar e alteração do Estado de Direito), e substituiu, de facto, o chefe militar assassinado.
A violência das armas e das palavras é o móbil que justifica e justificará tudo o que se fez e se continuará a fazer, em nome de um quase-Estado e para defesa de interesses pessoais, ditos de contragolpe.
A coisa anda complicada e em espiral decadente! Ao ponto de se ir, agora, mandatados e com fardas de ordem pública, cobrar receitas à boca do Porto de Bissau.
As vítimas somos nós: conscientes, guineenses, pensadores e aspirantes a outra Guiné-Bissau. Vítimas não são os que não falaram na ONU!
O país e os guineenses, os golpistas e anti golpistas, a CPLP e a CEDEAO, a ONU e a UA, vivem na incerteza total.
2. As minhas questões:
Quando é que, na Guiné-Bissau da independência a hoje, os militares se submeterão ao poder civil?
Que diálogo poderá existir nesta fase do campeonato?
Quais serão as decisões políticas que possam ser tomadas pelos chefes depostos e pelos chefes da transição e que obterão caixa-de-ressonância no chefe dos quartéis?
3. Conclusão: É evidente que a Guiné-Bissau lança um grande desafio aos guineenses e às estruturas mundiais.

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