segunda-feira, 12 de abril de 2010

Guineenses organizam manif. em Lisboa

Era a meio da tarde deste Domingo quente de primavera que guineenses residentes na região da capital portuguesa se juntaram frente ao Mosteiro dos Jerónimos, junto ao Centro Cultural de Belém. Passados algum tempo, já eram cerca de uma centena e meia admirada por turistas que passeavam naquela zona.
Uns empunhando cartazes onde se podia ler as mais variadas palavras de ordem: "Queremos que a justiça seja feita pelo ministério da justiça e não pelo ministério da defesa"; "Fazer política é na assembleia nacional e não nos quartéis"; “Queremos paz”…e outro com um megafone, formaram um grupo ruidoso de se dirigiu à Embaixada da Guiné-Bissau, na zona do Restelo.
À chegada ao local encontra um forte dispositivo de segurança constituído pelo Grupo de Intervenção Rápida da PSP, que apesar de tudo, não consegue calar esses homens, mulheres e jovens indignados com situação do país natal. Causada no passado dia 1 de Abril, uma vez mais, pelos militares liderados pelo número dois do Estado Maior General das Forças Armadas, General António Indjai, e antigo Chefe da Armada Almirante José Américo Bubo Na Tchuto que detiveram o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que veria a ser libertado horas depois e o CEMGFA, Almirante Zamora Induta, ainda detido no aquartelamento de Mansoa.
“O objectivo desta manifestação é apelar a comunidade internacional para ajudar a Guiné-Bissau a resolver esse problema”, diz o presidente da Associação Guineense de Solidariedade Social (AGUINENSO), Dr. Fernando Ká, que organizou este evento. “Nós não podemos aceitar as atitudes destes militares com mentalidades de guerrilheiros que reinam no país”, condenou.
Apesar de reconhecer o papel desempenhado na luta pela independência, o dirigente associado defende uma "reforma profunda" das forças armadas, responsáveis pela perturbação registada no país.
Apelo "à paz e democracia", intervenção “urgente das Nações Unidas” na Guiné-Bissau, são repetidas por centenas de manifestantes. O protesto só chegou ao fim, quando um dos dirigentes da organização anunciou que a mensagem foi entregue ao embaixador em Lisboa, que encaminhará o recado para as autoridades de Bissau.
Lay Korobo

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